Tou revoltada

A minha prestação mensal da Segurança Social subiu este mês de 94 € (sensivelmente) para 148 € (sensivelmente). Tou revoltada porque levam-me praticamente metade do ordenado (pior, somos 2 na mesma situação aqui em casa) para enfiar na barriga de ministros gordos de cartões de crédito sem fim de plafond à vista, gordos de uma frota de carros que volta e meia tem de ser renovada, gordos de mordomias, telemóveis, pensões não aconselháveis a cardíacos... para enfiar em fundações parvas... para enterrar em projectos completamente idiotas como foi o dos estádios e como vai ser o do aeroporto da OTA... para enfiar de mão beijada nos filhos-da-mãe que se riem à custa do rendimento mínimo, sem fazerem nenhum da vida, porque o Estado assim lhes permite... para comprar o raio da metadona que os outros coitadinhos enfiam e a seguir para sobremesa sai uma heroinazinha à la carte, acompanhada de uma coca e prato principal um ovo a cavalo...
Tou revoltada porque continuam a roubar aos pobres, porque este país nunca há-de deixar de ser corrupto, só que, como todos os sectores (os ricos, entenda-se) ganham com a corrupção, não há necessidade de pôr a descoberto.... porque o povo, coitadinho, é estúpido e é assim que se quer. Um povo estúpido que desembolsa e na hora de votar ainda lhes passa a procuração para mais uns quantos anos de roubalheira! Um governo que até se dá ao luxo de fazer birra e o povo, pacífico, deixa! (se não, digam-me o que é este segundo referendo do aborto? É um governo de birra, porque não gostou do resultado do primeiro. É um espírito de mau-perdedor, de não aceitar os resultados, de "o povo não é dono de opinião definitiva". É passar uma declaração de dúvida ao povo, um "tu não és soberano", um "tens a certeza?" - se isto é a democracia...)
Tou revoltada, e mais revoltada fico com a passividade de todos. Dos políticos a roubarem à descarada, pacificamente, e do povo, pacificamente, a deixar-se roubar !

Dá que pensar...

Uma em cada três mulheres portuguesas são vítimas de violência doméstica!
Como ouvia hoje um entendido no assunto dizer: "Os animais selvagens não batem nas fémeas... porque batem os homens nas mulheres??"

Haja coerência!

O assunto das Presidenciais deveria mexer com todos os portugueses no entanto tenho evitado manifestar-me aqui quanto a esse assunto. Contudo, há um certo individuo que me está "atravessado" e esta semana não aguentei mais e despejei tudo para o blog de um amigo. Vai daí pensei, "nem é tarde, nem é cedo... " E pronto! Aqui vai:
O motivo não se prende com programas de campanha eleitoral, ideologias (até certo ponto)... prende-se com o facto de eu, como evangélica que sou, me ter sentido profundamente indignada com as declarações de certa pessoa à revista Visão em Abril de 2004 e agora, lendo a declaração de candidatura do mesmo, me dá vontade de gritar: Onde está a coerência??
Em Abril de 2004, o dito-cujo declarava que o mundo assiste a um choque entre religiões “dignas de todo o respeito” de um lado, e “seitas fanatizadas, extremistas, como os evangélicos”, do outro. Pronto. Aos olhos de tal pessoa (diga-se de passagem, assumido Maçon) eu pertenço a uma seita fanática e extremista. Então, com que lata vem ele dizer no n. 16 da sua declaração de candidatura: «Se for eleito Presidente da República Portuguesa, como espero, serei, como fui no passado, o "Presidente de todos os portugueses", isento, dialogante, respeitador das instituições democráticas (partidos, sindicatos, associações patronais, organizações não governamentais, as minorias e o direito de o serem.)» De todos os portugueses? Isento?? Respeitador de todas?? Por favor! Seja honesto!! Melhor que comece por explicar os rios de dinheiro que o Estado Português (logo, sai do bolso de cada um de nós) enterra na Fundação com o nome do dito-cujo (Só em 3 anos foi um valor superior a 867 mil euros). Sim, porque o despesismo parvo não se ficou só pelos estádios de futebol e certos projectos megalómanos que se afiguram! E gasta ( o Estado) sem dar contas disso!!

Uma frase que li e achei interessante, mas que não isenta a pessoa das barbaridades proferidas (tendo em conta idade, funções exercidas, etc.): Em democracia, a asneira é livre!

Querem bibliografia?
Visão n. 576 de 18 de Abril de 2004, Artigo"Mundo cão", Autor: Mário Soares
Diários da República, Março 2005 (desculpem não ter aqui a série, etc. mas eles tão on-line, é só perderem um bocado de tempo.)

A bela da pausa kit kat!

Foi o melhor que consegui arranjar para vir até aqui!! Por falta de tempo, este blog vai ser mais lentamente actualizado! Mas não deixem de comentar as águas passadas. Elas ainda movem moinhos ;)
Até breve!

Think about it!

Lá canta a Rita Lee: Amor sem sexo é amizade! Quanto à cantora, não aprecio mas quanto à frase... acho que sim, que todas as amizades deviam ter esta intensidade. "Amai-vos uns aos outros!" Um beijinho muito especial para todos os meus amigos e amigas. Amo-vos a todos, do jeitinho que vocês são:)

Tava mesm' bom!

Este post vai direitinho para a Rita e para a Marta.... tava mesmo bom!! O quê, perguntam vocês que não fazem a mínima sobre o que é que estou a falar? Pois estas lindas meninas, em troca de uma tradução que contribuiu para um dezanove e tal, fizeram chegar até mim um magnífico bolo de chocolate, acabadinho de fazer! Tava tão bom! Mesmo quente! Que se lixe a dor de barriga (até é bem-vinda!)! Belo bolo! Obrigada, meninas! Beijo gordo!

Para fechar o dia...

Hoje terminei o meu dia de um modo, digamos, original. Foi um dia cansativo, com muitas decisões para tomar, muitas alterações, enfim, um dia super. No final do dia tinha um convite: ir a um café, assim a puxar à típica tasca, com as mesinhas decoradas com toalhas aos quadrados vermelhos e a velinha acesa. Lá esperava-me o belo caldo verde, a castanhinha assada (também havia cozida, mas não aprecio), chouriço assado, até uns bifes, sempre com a companhia da água-pé e afins. Mas da mesa do lado surgiram também uns acordes... pois claro.... o belo fadinho. Só que cantado por gente bem alentejana (ó Elvas, ó Elvas), de pronúncia bem carregada e de anedota na ponta da língua...
Não sou propriamente uma grande apreciadora do género, mas de vez em quando sabe bem evadirmo-nos para estes "desenquadramentos dos nossos gostos pessoais". Visto que é algo a não repetir (pelo menos nos próximos tempos), foi uma experiência agradável... diferente. Enfim, um momento não-sei-quê que não queria deixar de registar. Venha então daí a sexta-feira com o seu emaranhado de trabalho, trabalho, trabalho. Thank God is Friday! Bom fim-de-semana, pessoal!

coisas de explicandos...

Nota: a linguagem é da exclusiva responsabilidade dos intervenientes no diálogo

um explicando daqueles mesmo rufias, do tipo que não sabe se tem testes, trabalhos de casa ou que diz todos os dias: "deixa-me sair mais cedo hoje? só hoje!", saiu com esta hoje assim:
- ó por'ssora, você tá triste hoje!
- achas que sim? porquê?
- atão.... você todos os dias que venho à explicação ri-se para mim! hoje não! hoje tá triste!
(...)

... e mais dizem que os miúdos de hoje não têm coração!! principalmente os rufias!! looooooooool!
estes putos deixam-me sem palavras! ou melhor... saem-se com cada uma!! Acho que vou publicar um livro! ai ai! loooooooooooooooool!!!

É bonito! E raro!!

De volta, depois de um pequeno contratempo com o pc!
Gostaria de assinalar um pequeno facto, que a muitos passará despercebido (infelizmente), mas que me chamou atenção.
Hoje desloquei-me às consultas externas do hospital de Portalegre, para ser submetida a uma intervenção cirúrgica. Fiquei na sala de espera a aguardar pacientemente que me chamassem, quando entram 2 senhoras, com um carrinho bem fornecido de chá, café, leite, bolachas.... Uma delas toma a palavra e informa a"audiência" que elas pertencem a um grupo de voluntariado criado à margem da instituição chamado "os amigos do hospital...". O objectivo delas ali é fornecerem uma bebida quente / um alimento, GRATUITAMENTE, a quem aguarda a sua vez de ser consultada, bem como auxiliarem as pessoas com dúvidas acerca de onde se dirigir, onde carimbar o papel x, etc ou simplesmente fazerem companhia a quem estiver sozinho. É um serviço prestado todos os dias, de manhã e de tarde. Em todos os hospitais onde já estive, nunca me cruzei com tal iniciativa. Ora aí está uma parte prática da tão falada "humanização dos hospitais"
Bonito, sem dúvida! E raro! Infelizmente raro!