muitos retalhos

segunda-feira, abril 15, 2013

Borda d'água Cabral :)

A Primavera trouxe-me até aqui, em jeito de almanaque, partilhar a imensidão de vegetação que povoa a minha varanda! Infelizmente não hei-de conseguir enumerar tudo, pois há muitas espécies que me oferecem e não sei o nome (surge em itálico), mas vou tentar :)

Horta: morangueiros, espinafres, rúcula, pimentões, funcho, salsa, coentros, hortelã, manjericão, poejos e erva-cidreira ( estou a tentar pegar um pé de Lúcia-lima)
Pomar: nespereiras e árvore que dá os physalys (por aqui tenta-se obter resultados de uns caroços de tangerina)
Jardim: Aloés-vera, cacto rebelde, alecrim, alfazema, 5 espécies de cactos, malvas, gerberas, rosas, feto, 3 tipos de borrachudas, gladíolos, espigas, flôr laranja, espécie de saintpaulia, Aucuba, planta-aranha, Gypsophila, um tipo de ervilhas e flores do campo (aqui estou a tentar pegar um pé de Camélia) 
Dentro de casa: Heras, feto, cabelo de vénus (a famosa avenca) e Espatifilo

Acho que não me esqueci de nada! Veremos o que se vai aguentar :) Para já é uma alegria acompanhar o rebentar, as primeiras folhas, o crescimento, sentir os aromas..... é mesmo revigorante jardinar :)

sexta-feira, novembro 09, 2012

Sushi sessions :)

 Eu e a minha colega Carla fomos até um Restaurante Chinês-Tailandês-Japonês. Que saudades eu tinha de um Chinês!! Eis senão quando nos deparamos com uma bandeja de Sushi. Até ali, nem eu nem ela tínhamos provado tal iguaria. E resolvemos arriscar. O que falta na bandeja de baixo foi o que nós provámos. Avaliação: gostei, se bem que não tenha ficado fascinada.  Mas pensava que iria ser pior! Menos mal!

terça-feira, novembro 06, 2012

Dissertações hilariantes do quotidiano

Seguíamos em direcção às portagens da Ponte 25 de Abril, quando o João Pedro introduz o tema dos portageiros e o seu atendimento automatizado, perante os cumprimentos (ou não) que os automobilistas lhe dirigem. Mais do que escutarmos a teoria, foi hilariante observar a prática: Pedro, ao volante, estende o cartão bancário ao portageiro e diz: "pistachios". Este não reage, recolhe o cartão, processa o débito e devolve-lho. O Pedro recolhe o cartão e gentilmente lhe diz: "lasanha". De novo o silêncio vindo da cabine. Cancela aberta, lá seguimos viagem, rindo estupefactos da efectiva constatação!


terça-feira, outubro 30, 2012

Chove!

 Este já tinha sido postado em Novembro de 2009, mas gosto muito para deixar na gaveta.... e neste momento chove tanto que merece este poema!

NOITES DE CHUVA

Eu não sei, ó meu bem, cheio de graças
Se tu amas no Outono - já sem rosas -
A longa e lenta chuva nas vidraças,
E as noites glaciais e pluviosas!...

Nessas noites sem luz que - visionários -
Temos quimeras místicas, celestes,
E cismamos nos pobres solitários
Que tiritam debaixo dos ciprestes!...

Que evocamos os lírios passados,
As quimeras e as horas infelizes,
Os velhos casos tristes e olvidados,
E os mortos corações sob as raízes!...

Nessas noites, meu bem, em que desfeito
Cai o frio granizo nas estradas
E tanto apraz, sonhando, sobre o leito,
Ouvir a longa chuva nas calçadas!...

Nessas noites eléctricas, nervosas,
Todas cheias de aromas outonais,
Que a tristeza tem formas monstruosas,
Como, num sonho, os pórticos claustrais.

Noites só em que o sábio acha prazeres,
- Tão ignorados dos cruéis profanos! -
E em que as nervosas, místicas mulheres,
Desfalecem, chorando, nos planos.

Nessas noites, meu bem! É que os poetas
Têm às vezes seus sonhos mais brilhantes,
Folheiam suas obras predilectas...
- E evocam rostos... e visões distantes!

Gomes Leal

quarta-feira, outubro 24, 2012

Encher o saco

Em dia de aniversário do marido, passado em Lisboa, vim de lá com muitos extras apetecíveis:

1: As caches (sim, para quem não sabe, a febre do Geocaching já me apanhou)


 2. A pré-compra do "Mixórdia de Temáticas", com direito a 2 crachás para a minha mala catita eheh


3. A agradável surpresa da versão BD do livro Excalibur (os espertos vão lançar em vários volumes, mas tudo bem), ainda por cima com a direcção e cenários do Istin, que eu tanto tanto aprecio :)

domingo, outubro 14, 2012

Jardim secreto

 Ei, jardim secreto! Corro ofegante em busca da tua porta..... será que perdi o trilho? As ervas daninhas começaram a  cobri-lo... As lágrimas não deixam ver mas conheço ainda por onde me guiar... Antes, o denso nevoeiro não me impedia de chegar aí... Ah, memórias de dias guardados nos teus muros. Éramos cúmplices, lembras-te? Cuidávamo-nos mutuamente. Mas eu deixei-te.... as luzes chamaram-me e eu fui.... terei a tua chave no bolso? Deixa-me voltar a entrar. Seremos de novo a companhia um do outro, a cumplicidade um do outro. Tu permitias o meu deambular, o meu aninhar, o meu cantarolar, o meu calar. Ainda aí estão aquelas árvores frondosas? As que protegiam da chuva? Ainda aí está aquela gruta? Sim, limparei o trilho que cercava o lago. Mas deixa estar o do lado de fora. Assim, ninguém nos descobre. E voltaremos a sorrir. No nosso mundo de pequenez. Na nossa pequenez que é um mundo para nós. Desdenham de nós. Riem de nós. Seremos sempre pequenos seres ao lado das suas luzes ofuscantes... Mas esse universo gigante transborda de constelações! E de estrelas! Ele está preenchido e satisfeito! Seremos um detalhe neste enorme ecossistema. Detalhe insignificante. E a insignificância nos protegerá. Dizem que vai chover muito. Mas na gruta nunca chovia, lembras-te?
Estive tempo demais fora, não foi? Mas vim a tempo de ver brotar o verde!
Estou aqui! Acho que encontrei o caminho! Mas já é tão escuro, tão tarde!
Limpo os olhos na tentativa de ver melhor.
Será este?
E a chave? Eu tinha-a aqui........




Por favor, não partilhar. Obrigada.

Partilhar leituras


Depois de ter lido "Um ano à beira-mar" já há muito tempo, encontrei, da mesma autora, "Passeio à beira-mar", que surgiu na sequência do outro. Estou a gostar imenso, a embrenhar-me muito nas páginas do livro e a beber o que vai surgindo... Aconselhado a mulheres, profissionais, já com vida feita e casadas. E mais não digo.


quinta-feira, agosto 23, 2012

Meu querido mês de Maio

Finalmente posso postar fotos de maio!!!! Olééé!!!! Aqui vão:


Flores recebidas no dia de aniversário :) 
PS: Um dia muito bonito! Obrigada a tod@s @s que assim o tornaram!!! (Só falta o vídeo)


A ida à Game On!!!! Score!!!!

Descobrindo uma enxaqueca oftálmica!!

Dia de casamento da prima! A alegria ao lado do afilhadeco pequerrucho!!

Ainda no casamento da prima: o espanto com a bonita decoração da casa de banho!!

sexta-feira, julho 20, 2012

Estado de sítio

Ouço ao longe um barulho, que me parece ser o de um helicóptero e automaticamente a minha apreensão vai para os incêndios. Estive 2 dias fora de Ponte de Sor. O suficiente para acontecer incêndios aqui na zona e para me consternar perante a morte de José Hermano Saraiva (tudo o que se possa dizer será sempre pouco acerca de tamanho vulto).....

Hoje regressei ao trabalho com uma actividade na barragem do Maranhão, o que automaticamente significaria uma viagem de Ponte de Sor a Avis. Desconhecedora da dimensão das coisas, lá fui de espírito leve viagem fora. Questionei os meus companheiros acerca dos tão falados fogos. Descontei algum exagero da parte deles à medida que ia ouvindo. Foi então que tudo mudou. Foi então que de repente a paisagem perdeu o verde e vejo-me rodeada de um cinzento fúnebre, de uma natureza morta (na verdadeira acepção da expressão). Aqui e ali alguns montículos ainda fumegavam. Fez-se silêncio. Ouviram-se lamentos. Num pequeno povoado, o fogo chegou às casas. Piquetes de bombeiros de Sobral de Monte Agraço, Sousel, Arruda dos Vinhos, Proença -a-Nova, Fronteira impunham o respeito e mereciam o nosso olhar de admiração. Ali estavam a vigiar aquela zona decrépita e fantasmagórica. Continuámos a nossa viagem, até o verde ganhar de novo o seu espaço.

O regresso voltou a fazer-se silencioso naquela zona. Pela rede social deambulam homenagens aos homens que enfrentam as chamas, fotos, pedidos de cooperação em termos de géneros alimentícios, protestos contra políticas..... o que sei é que me doeu muito ver aquele cenário bem real. Imaginar o momento em que, debaixo deste calor tórrido, os homens teriam combatido aquele incêndio foi sufocante.

Nestas alturas, a sede de justiça vem ao de cima. O desejo de ver a punição efectiva e eficaz em quem fez. Por vezes, assiste-se a uma sede de justiça desmesurada, mas, dada a revolta que cria no coração, não se poderia dizer totalmente despropositada.

Custa tanto ver o nosso país assim. Custa ainda mais quando é a nossa terra, a nossa paisagem quotidiana, aquilo que faz parte da nossa história.



Entretanto, na rede social apercebo-me que ao sul, outro incêndio de grande proporções destruiu por completo uma zona que há muito sonhava conhecer e ainda não tinha tido oportunidade: Pego do Inferno, em Tavira. Era uma cascata paradisíaca. Era....

segunda-feira, julho 02, 2012

Dissertar sobre o ABS

O ABS tem muito significado para muita gente. Muitos pelo contexto espiritual, muitos pela natureza que o envolve, muitos por histórias (amorosas) ali começadas......Tem-me apetecido dissertar sobre os "arrepios" que aquele lugar provoca.
ABS = sensação estranha. É tão estranho ir ao ABS quando não está ninguém no local, quando tudo está fechado. Aquele lugar foi feito para ter pessoas, para se viver histórias. Aquele sítio tem significado em sociedade ( a que o ocupa durante um certo tempo)
ABS = sensação ruim. Quando ficamos para últimos. Gostamos sempre de não ser os primeiros a partir, mas ficar para último, fechar o edifício é algo que, no momento, gostaria de não se viver.
ABS = sensação letárgica. Quando ficamos em dois turnos seguidos. Aquele momento entre turnos. A despedida de uns, o intermédio onde se deambula por ali e se aguarda a chegada conta-gotas dos próximos...
ABS = sensação prazeirosa. Quando andamos a limpar, a preparar o espaço para algo. A eminência de semanas boas e atractivas que ainda se aproximam.
ABS = sensação inquieta. Quando chegamos depois de todos, quiçá dias depois. Quando chegamos a meio de uma refeição.
ABS = multidão de sensações (por norma positivas). Quando começa a semana, durante e quando termina.

Muito haverá para dizer...  por agora, fico por aqui.

I love ABS!!!!



PS: particularidades..... depois há pequenos detalhes como o som do vento nos pinheiros; o cheiro dos quartos, que me embala e me faz sentir em casa; as vozes no final do dia e aquela sensação boa de "moro aqui, hoje não vou embora" (estou a fugir às noites estreladas, porque essas deixam-me sem fôlego)

quarta-feira, junho 20, 2012

Manif

Eu queria tanto pôr aqui fotos do mês de maio, que foi tão recheado, mas a tecnologia aqui em casa não faz jus a quem mora nela! Portanto, aguardai, que eu também vou aguardando pacientemente pelo dia em que possa encher este blog de imagens :)

segunda-feira, junho 18, 2012

Escritas perscrutadoras.....

Há textos e textos.... Sempre fui muito apreciadora da leitura, seja fabulada ou verídica. Deixo aqui uma carta que MEC escreveu, na sequência da operação que a mulher fez a um tumor alojado no cérebro e o comentário feito por Tiago Cavaco à mesma. A leitura da primeira deixa-nos inquietos e quiçá pouco à vontade, em virtude da abordagem crua e directa e após as últimas crónicas terem mostrado um autor quebrado, apaixonado pela mulher, pela vida, uma escrita emocionada. A leitura da segunda faz-me exclamar "pois!", porque ao ler a primeira faltaram-me as palavras para poder opinar sobre ela, mas no fundo conseguia compreendê-la, sem ainda conseguir formular o discurso.

“Deus,
Bem avisaste que eras um Deus invejoso e vingativo. Também sei que Job era um caso-limite: uma ameaça do que eras capaz. Nem eu nem a Maria João temos um milésimo da obediência e da resignação de Job. E castigaste-nos menos. Mas foi de mais.
De certeza absoluta que nos amamos mais um ao outro do que te amamos a Ti. Sabemos que isto não está certo. Mas foste Tu que nos fizeste assim. Admite: deste-nos liberdade de mais. Foste presunçoso: pensaste que Te escolheríamos sempre primeiro. Enganaste-Te. Quando inventaste o amor, esqueceste-Te de que seria mais popular entre os seres humanos do que entre os seres humanos e Tu. Por uma questão de tangibilidade. E, desculpa lá, de feitio. Tu, Deus, tens o pior das arrogâncias feminina e masculina. Achas que só existes Tu. Como Deus, até é capaz de ser verdade. Mas, para quereres ser um Deus real e humanamente amado, tens de aprender a ser um amor secundário. Sabemos que és Tu que mandas e acreditamos que há uma razão para tudo o que fazes, mesmo quando toda a gente se lixa, porque não nos deste cabeça para Te compreender. Esta deficiência foi uma decisão tua: não quiseste dar-nos a inteligência necessária.
Mas deste-nos cabeça suficiente para Te dizer, cara a cara, que nos preocupamos mais com os entes amados do que contigo. Ajuda a Maria João, se puderes.
Se não puderes, não dificultes a vida a quem pode ajudar. Faz o que só um Deus pode fazer: reduz-te à tua significância. Que é tão grande".
(MEC)


«...esta semana trouxe (...) relatos preciosos sobre a nossa condição humana mais básica. É compreensível que as pessoas que se tenham emocionado com o texto do Miguel Esteves Cardoso de segunda-feira não reajam com o mesmo à-vontade ao de (...) quinta. Uma coisa é a dor, outra coisa é tratar da dor com Deus. No meio da heterodoxia da carta do MEC a Deus há uma compreensão assombrosa e certeira daquilo que Ele é e que, por consequência, pede de nós. O Miguel entendeu perfeitamente o Deus da Bíblia que espera que O amemos e louvemos acima de todas as coisas. Vejo no Miguel aquela mistura complicada de rebeldia e submissão que faz parte da história de qualquer verdadeiro adorador (as personagens bíblicas com mais intimidade com Deus previamente lutaram com Ele). Como cristão sinto que a disciplina mais indicada nestas ocasiões é "chorar com os que choram" e a oração....» (TC)

Este post não é para "copy paste", é apenas para ler e meditar....

terça-feira, junho 05, 2012

Li num livro....

«Sê paciente em relação a tudo o que está por resolver no teu coração e tenta amar as próprias interrogações. Não procures as respostas que não te podem ser dadas, porque não serias capaz de as viver. E o propósito é viver tudo. Vive as interrogações agora. talvez então, gradualmente, sem que repares, possas um dia, no futuro distante, dar com as respostas»
Rainer Maria Rilke in Um ano à beira-mar

segunda-feira, maio 28, 2012

Tic-tac, tic-tac

As contagens são algo presente na nossa vida. Quer seja por objectivos a cumprir, quer seja por eminências boas e más, quer seja por saudades, quer seja por receios........ a minha vida neste momento está entupida de contagens. Deixo aqui as mais prazeirosas (agora é que vi que todas elas implicam viagens!!)  :)

Só não meto aniversários e casamentos para não ferir susceptibilidades ou privacidades, mas aproximam-se alguns significativos.... You know who you are!

Faltam......

27 dias para o Jovem@Jovem I
41 dias para umas mini férias que espero serem à beira-mar dos Algarves
60 dias para o Teenstreet (Oldenbourg - Alemanha)
74 dias para o ABS jovens
90 dias para o Jovem@Jovem II
94 dias para ir até aos Açores!!!!!!!!!!!

sábado, abril 28, 2012

Arrepios....

Na eminência do futuro (2012), lembra-se a experiência do passado (2010)

segunda-feira, abril 16, 2012

Saída de emergência

Estava com o Leandro na Escola Secundária, numa sessão para uma turma, quando nos avisaram de que iria haver um simulacro. "Lá se foi a sessão"- pensei. Tudo começou na normalidade e lá pelo meio..... trrimmmm... tudo a sair em fila em direcção aos campos de futebol. Um bombeiro à entrada do bloco a confirmar junto dos professores se estavam todos os elementos e lá fomos nós em direcção ao campo. Após umas breves palavras do Director, confirmando o êxito da iniciativa, tudo regressou à normalidade. Então, porque raio estarei eu a escrever isto aqui? Ora bem, lá nos longínquos mil e troca o passo, quando ainda eu era teenagerzita e estreei aquela escola, também eu tive direito a presenciar um simulacro de incêndio e..... ou hoje em dia o perigo relativizou-se ou a crise já atingiu o orçamento dos simulacros! Deixem-me partilhar convosco o nosso simulacro:
tocou a campainha, tudo a sair em fila indiana para o exterior da escola. Ficámos todos quietinhos no passeio oposto à frente da escola, onde presenciámos um magnífico teatro de operações. Parte 1: a busca nas salas! Vários alunos foram escolhidos para ficar feridos em várias salas, debaixo de vários objectos, sem que os bombeiros soubessem onde. Toca de procurar, simular assistências médicas no local. Era uma alegria observar ambulâncias a chegar, carros de bombeiros, tudo ali à nossa frente, permitindo-nos ver como fazem as coisas, nomeadamente, assistências a feridos na ambulância. Foi o delírio ver colegas a descer do primeiro andar em mangueiras gordas!!! E nós ali a "checkar" se eles tinham encontrado os feridos todos "ainda falta a....!!!". Parte 2: o fogo no exterior! os bombeiros criaram situações de fogo real, com imensas demonstrações e todos os que quiseram tiveram direito a experimentar coisas como extintores, macas insufladas.... Foi o delírio!!! Acho que a simples caracterização dos colegas, todos "ensanguentados" já foi uma animação!!!
Foi uma manhã em cheio, da qual ainda hoje tenho retalhos na memória. Agora imaginam, quando me dizem que vou assistir a outro simulacro, imediatamente entrei a cápsula do tempo e imaginei outro cenário destes. E assim não foi! :(

sexta-feira, abril 06, 2012

o tempo de hoje

«Já era quase a hora sexta e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona» Lucas 23:44

Foi assim, no momento em que Jesus morreu. É assim, todos os anos, calhe a sexta-feira santa onde calhar no calendário. A natureza lembra-nos esse momento de dor e de vitória. Hoje, entre o meio-dia e as três da tarde, o céu ficou chumbo e Ponte de Sor voltou a receber uma chuvada bem grossa e violenta.

PS: Hora sexta era o equivalente ao meio-dia.

terça-feira, março 27, 2012

Actualizações da horta

Continuidade:
Alfaces
Cenouras
Hortelã
Salsa

Novidade:
Os tomateiros já rebentaram.
Pés de morangueiro todos viçosos

Hei-de postar aqui fotos das flores, dado que uma delas não faço a mínima ideia do que seja. Só sei que estava a morrer no Jumbo e agora tá ali doida a dar flores por todo o lado.

sexta-feira, março 23, 2012

Gente da minha terra

Hoje o Rui adoeceu. Nada de grave. Mas teve de recolher. No final do dia de trabalho, peguei no meu carrinho de compras e lá fui sozinha. Compras vagarosas, com tempo para apreciar capas de livros, produtos diferentes, magicar receitas novas enquanto lia rótulos.... regressei do Continente no mesmo passo vagaroso. Ao passar o Lidl, perto dessas 21h, cruzei-me com 2 ciganos (um de meia idade, ou outro na casa dos 30). Segue-se o diálogo, encetado entre mim e o mais velho:
Eu: Boa noite
Ele: Boa noite
(pausa)
Ele: Então hoje vai sozinha? O Rui não vem consigo?
Eu: Ficou por casa, tá adoentado. Sabe, estas gripes e constipações que por aí andam...
Ele: Ui! Eu também apanhei. Mas olhe, sabe o que é que faz? Quando chegar a casa, acenda o lume, e deite-lhe umas ramas de pinheiro verde. Faça-o respirar o fumo! Ele fica logo bom!
(aqui já estava parada, pois seguiu-se um relato da experiência pessoal, a atestar a eficácia da mezinha e uma insistência para que a fizesse).
Eu: Só conhecia com rama de eucalipto! Muito obrigada pela ideia! As melhoras para si também!

Segui o meu caminho satisfeita com este diálogo e pensativa. Trabalhar com famílias "multidesafiadas" (como os doutores de agora chamam) e de grupos sociais distintos enriquece-nos grandemente e faz-nos abordar a vida de várias formas e olhares.
Eram 21h. Segui sozinha pela estrada escura e deserta, puxando o meu carrinho a abarrotar. E de repente senti-me segura. Tranquila. Senti-me feliz por conhecer e ser conhecida destas gentes da minha terra. Sei que muitos os evitam. Assim como a outros. Muitos têm inúmeras razões para tal, outros têm o racismo e a xenofobia como única razão. Posso dizer que não foi uma escolha minha. O meu trabalho levou-me por estes rumos. Mas hoje em dia olho para trás e fico contente por este rumo. O coração aquece quando sorrimos para aqueles a quem a cidade chama nomes, agride, vira costas. Há meninos que são ignorados e enxotados desta sociedade. Neste fim de noite, gosto de pensar que no local onde trabalho esses meninos podem ir a um pc, usar o wc, receber um sorriso, serem ouvidos, serem chamados pelo nome, serem cumprimentados quando chegam :)
Quão bom seria se todos déssemos a todos uma hipótese!

quarta-feira, março 21, 2012

Shopping

Ter ido ao casamento em terras de centros comerciais permite a nós, gentes do interior, esticarmo-nos nas lojas... Eu estico-me à brava nas lojas de livros e coisas do género! Pois é, vim carregada!! Comprei sete! Sete livros, entre os quais os dois que se seguem. De resto, veio um jogo para a DS, coisas para a casa e mais umas plantas para alegrar o terraço (outro "vício").

Este primeiro, tenho de o compartilhar com gente que gosta de viajar como eu (e gosta da Europa)! Cativou-me imenso! Uma referência aqui à Patrícia Souza: Patxi, a Provence vem no livro!!! É desta que vamos lá!!!

Este segundo... simplesmente porque gosto! Gosto da história (acerca da qual pouca coisa de qualidade é produzida ou chega a Portugal), gosto deste livro em particular e já o tinha namorado. Agora é meu e, pasme-se, com 50% de desconto que nem eu sabia, pois não estava assinalado! Valeu a honestidade da senhora da caixa :)


PS: Aqui em casa somos muito equilibrados.... o Rui também veio abastecido eheh!

Retalhos de Madrinha

Dia 17 de Março de 2012.... O casamento da afilhada Sónia. Participar de um dia tão importante na vida de alguém é sempre uma agitação e uma nervoseira (recordo-me do casamento da Cândida!!). Podia pôr aqui fotos do casal (que estava todo jolie), detalhes do vestido da noiva, da cerimónia.... mas isso, todos os convidados que foram poderão partilhar (e a minha maquineta não se compara aos tubarões do flash que eu vi por lá!). Então, que posso dar eu que dificilmente alguém tem?? Aquilo a que a madrinha e poucos mais têm acesso! Ora então cá vai uma sequência (cronológica), deixando ver um pouquinho mais do que foi todo esse imenso dia!

Click 1: no buffet antes do almoço. Finalmente conheço o famoso Moscatel cujo rótulo traz o nome de "Favaios". E gostei!! Gostei mesmo!!

Click 2: no buffet antes do almoço: "Espera aí Rui, deixa-me pôr o copo atrás das costas!"

Click 3: durante o almoço: ideias criativas para usar o recuerdo :)
Click 4: durante o almoço: pequenas trocas com a noiva :)
Click 5: a vestir a noiva! Aí está a costureira-mãos-talentosas, que só por acaso é a mãe da noiva, e que fez o bonito vestido que ela usou! "O pai é que sabe fazer bem os laços!!"
Click 6: a vez do pai: "olha que eu sou do lado direito!", dizia ela
Click 7: quase quase na igreja: últimos retoques (que por sinal estavam a correr melhor do que de manhã)
Click 8: quase quase na igreja: tudo preparado para a noiva entrar. Últimos momentos a sós, naquele carro, onde de repente um silêncio se abateu à nossa volta naqueles poucos segundos e eu só ouvia as nossas vozes. Foi o trocar das últimas palavras, sensações, sorrisos, ansiedades.... Dali a momentos ela saiu para O Momento!! E assim foi!!

Que sejam felizes, Só Só & Jó Jó!! (eheh)

terça-feira, março 13, 2012

A leitura do momento

A foto é fraquinha mas só me apareciam livros da 2ª edição e eu ainda consegui receber a primeira. Foi-me dado há quatro anos, acabadinho de sair. Tem permanecido ali na pilha dos livros por ler e foi desta que lhe peguei. É de leitura vagarosa, pois tem muito pormenor que a minha memória cansada custa a guardar. O autor (Ignacio del Valle) é-me desconhecido. Aliás, esta é a primeira obra dele traduzida para o português.
Estou a gostar!

segunda-feira, março 12, 2012

Óbidos: pequenos retalhos


Gosto :)

Conhecendo Óbidos

E lá fomos nós à descoberta! Eu, que toda a vida imaginei Óbidos algures entre Évora e Beja, tive de aceitar esta realidade e rumar a uma zona do país praticamente desconhecida por mim. Valeu a fuga às portagens, o que fez com que atravessasse parte do Ribatejo que me é imensamente familiar :)

Foto1: E viva a bela da ginginha, servida no não-menos-belo copo de chocolate. Como dizia a Marta, a sabedoria esteve em estudar os copos de todas as barraquinhas: Ah pois é! Há diferenças de tamanho! Estes, a nosso ver, eram os maiores ihihih! (Se calhar a Kitty estava ali tipo X, lol)


Foto 2: A minha segunda dose de morangos com chocolate! Que delícia! Entregavam-nos o copo, a fruta e o chapelito a atrapalhar o enchimento e nós colocávamos o chocolate.... eheheh...enfeite fora e toca a atestar!
Guardámos para o fim a visita às esculturas de chocolate. Obras de arte, sem dúvida. O chato de tudo é que, com tanta hora no universo chocolateiro, foi difícil conjugar o belo que a visão estava a apreciar e o enjoo que o olfacto estava a sentir!
Tirando o imenso movimento, gostei de Óbidos. Digna de uma visita mais aprofundada. E de percorrer as muralhas, pois não houve tempo!

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Old school

Abre pasta, fecha pasta e.... 2000?? Estas fotos têm 12 anos?? Credo! parece que foi ontem que acabei a universidade! Como é que já passaram 12 anos, oh canudo??




Olá Rui!

Tchau Rui!

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Pequenos prazeres....

Hoje foi dia de acompanhar o peixe grelhado do almoço com o produto da horta cá de casa. É interessante perceber como esta actividade faz bem em tanta vertente! É bom mexer na terra, é bom ver vida a crescer, é bom ter salada caseira à mesa e a Matilde gosta de passar tempos sem fim junto às alfaces, ora comendo (sim, a Matilde é muito "saladeira"), ora dormitando ao sol . Aprecio todos os momentos que passo com estes seres verdinhos, até aqueles em que me limito a tirar lagartas aproveitadoras da minha plantação. Ter uma horta em casa não é nada do outro mundo! E nem tão caro como parece. De facto, na TV mostram reportagens com pessoal que tem hortas High Quality, com o último grito em instrumentos de rega e ferramentas e recipientes.... Eu uso vasos, garrafões de água, tampas de bolos, couvettes, facas e colheres enferrujadas, terra comprada (continente, chineses, etc), caixas de plástico partidas para proteger do frio/gelo, água del cano, agua de cozer vegetais, pedaços de tijolos partidos e agora inventei mais outra: compostagem. E faço onde? Não comprei o balde especial, nada disso. Um velho balde do lixo faz as vezes e lá está, na sua função de criação do composto orgânico. Entretanto, há aquelas maravilhas que todos temos acesso, como o sol. Então hoje (eu sei que é cedo, mas não aguento esperar mais e o meu pequeno terraço está capacitado) peguei em caixas velhas de ovos e toca a pôr umas sementinhas de tomate. Terra, água e agora é o sol que trabalha.
Incentivo a todos os que têm, no mínimo, janelas!! Quem tem o gosto das flores, pode acrescentar uns vasos com vegetais!! Se não os comer, pelo menos pode exercer uma função didáctica e ensinar às crianças residentes ou visitantes de onde vêm os produtos.
Experimentem! O resultado pode ser um pouco diferente do que esperavam (um workshop para a frustração), mas todo o processo de jardinar é, sem dúvida, um bálsamo!


PS: Falta aparecer aqui a hortelã e as cenouras, semeadas em pleno Outubro mas que estão umas teenagers fortes :)

domingo, fevereiro 19, 2012

Retalhos

E termino com o retalho da minha noite de sexta-feira, a qual terminou comigo enrolada numa pilha de roupa quentinha, dormindo ao lado de um lume assim convidativo. Casa estranha, sons não habituais, mas ainda assim um refúgio a saber a colo, com aquele crepitar contínuo e agradável. Sensação aconchegante. Protectora. Amigável. Outro momento terapêutico. Ainda assim breve. Foi estranho regressar à realidade. Uma fuga curta demais.

Mood...