Poemas V
Era impossível ficar quieta e calada perante este maravilhoso espectáculo de chuva! Que saudades tinha de ouvir este som! Corri a procurar algo no meu caderno de memórias e encontrei dois registos de Julho de 1995, o primeiro de José Gomes Ferreira e o segundo de um anónimo.
Chove...
Mas isso que importa!
Se estou aqui abrigado nesta porta
A ouvir a chuva que cai do céu
Uma melodia de silêncio
Que ninguém mais ouve
Senão eu?
Chove...
Mas é do destino
De quem ama
Ouvir um violino
Até na lama.
------
Cai chuva dum céu cinzento
E olho-a embevecidda!
Na tarde, na estrada da vida,
Tudo derrama este lamento,
E no seu choro avarento,
Ela prolonga-se, retarda, demora.
Gota a gota, hora a hora,
Espalha-se irado o vento.
Mas aqui,
Neste morno sonolento
Sinto o frio lá de fora!
Chove...
Mas isso que importa!
Se estou aqui abrigado nesta porta
A ouvir a chuva que cai do céu
Uma melodia de silêncio
Que ninguém mais ouve
Senão eu?
Chove...
Mas é do destino
De quem ama
Ouvir um violino
Até na lama.
------
Cai chuva dum céu cinzento
E olho-a embevecidda!
Na tarde, na estrada da vida,
Tudo derrama este lamento,
E no seu choro avarento,
Ela prolonga-se, retarda, demora.
Gota a gota, hora a hora,
Espalha-se irado o vento.
Mas aqui,
Neste morno sonolento
Sinto o frio lá de fora!
1 Comments:
Muito Bonito.
Graças a Deus que está a chover.
Silvia
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