Poemas III
Só mais um do Antero de Quental. Apesar de gostar de muitos dele, vou tentar conter-me, em prol da variedade de autores. Mas este até cai bem agora, que são 23.18!
Data de registo: Julho de 1997
NOX
Noite, vão para ti meus pensamentos,
Quando olho e vejo, à luz cruel do dia,
Tanto estéril lutar, tanta agonia,
E inúteis tantos ásperos tormentos...
Tu, ao menos, abafas os lamentos,
Que se exalam da trágica enxovia...
O eterno mal, que ruge e desvaria,
Em ti descansa e esquece alguns momentos...
Oh! Antes tu também adormecesses
Por uma vez, e eterna, inalterável,
Caindo sobre o mundo, te esquecesses.
E ele, o mundo, sem mais lutar nem ver
Dormisse no teu seio inviolável,
Noite sem termo, noite do não-ser!
Data de registo: Julho de 1997
NOX
Noite, vão para ti meus pensamentos,
Quando olho e vejo, à luz cruel do dia,
Tanto estéril lutar, tanta agonia,
E inúteis tantos ásperos tormentos...
Tu, ao menos, abafas os lamentos,
Que se exalam da trágica enxovia...
O eterno mal, que ruge e desvaria,
Em ti descansa e esquece alguns momentos...
Oh! Antes tu também adormecesses
Por uma vez, e eterna, inalterável,
Caindo sobre o mundo, te esquecesses.
E ele, o mundo, sem mais lutar nem ver
Dormisse no teu seio inviolável,
Noite sem termo, noite do não-ser!
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