terça-feira, outubro 04, 2005

Poemas II

Pronto, vou acalmar! Mais um poema, desta feita de Antero de Quental, para quem não sabe, açoriano. Data de registo: Setembro de 1994

SONHO ORIENTAL

Sonho-me às vezes rei, nalguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsâmica e fulgente
E a lua cheia sobre as águas brilha.

O aroma da magnólia e da baunilha
Paira no ar diáfano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha...

E enquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto num cismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,

Do profundo jardim, pelas clareiras,
Ou descansas, debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.

1 Comments:

Blogger rui said...

É meu conterrâneo, já passeei no "seu" jardim e estudei na "sua" escola. :)

(ºº)

04/10/05, 23:20  

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