terça-feira, janeiro 10, 2006

alguém disse que temos falta de ordem??

Estava eu a passar os olhos pela imprensa, quando deparo com a seguinte notícia, para mim, ao mesmo tempo patética e quase hilariante que saiu no Público (versão on-line). Muitas ideias me assaltam o pensamento entre as quais, estas: em final de "carreira", os últimos actos aparentemente úteis do PR resumem-se a escrever livros com discursos e condecorações em série? num país tão desordenado como o nosso.... até cai mal tanta ordem!
Lede, meus caros, lede!

«O Presidente da República, Jorge Sampaio, vai agraciar amanhã, a título póstumo, o antigo ministro das Finanças António de Sousa Franco com a Ordem de Santiago da Espada.

Na mesma cerimónia, Jorge Sampaio agracia também a professora universitária Isabel de Magalhães Collaço, igualmente a título póstuma, com a mesma condecoração.

Antes, o chefe de Estado entregará a Grã-Cruz da Ordem de Cristo à deputada socialista e antiga ministra Maria de Belém Roseira e agraciará a viúva de Salgado Zenha, Maria Irene Salgado Zenha, com o Grande Oficialato da Ordem do Mérito.

Numa agenda marcada pelas condecorações, Jorge Sampaio agraciará ainda com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, também em forma póstuma, o galerista Manuel de Brito. A viúva deste, a também galerista Maria Arlete Alves da Silva, e o professor universitário Salvato Vilaverde Pires Trigo passam a ser comendadores da Ordem do Infante D. Henrique.

O Presidente da República condecora ainda Mário Brochado Coelho como comendador da Ordem da Liberdade e o comandante Nuno Marques Antunes como comendador da Ordem do Mérito.

O economista Raul Junqueiro passa a ser Grande Oficial da Ordem do Mérito a título póstumo, tal como também é póstuma a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública para o professor Aloísio Coelho.

Finalmente, Hans Joerg Boehm, pioneiro na certificação de vinho em Portugal, passa a ser comendador da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.»

Para quando um referendo nacional para sugerir novos nomes de ordens?? Se calhar isso sim é uma coisa prioritária, neste país em que aparentemente o acessório é essencial, enquanto que o essencial é algo chato, que mói e que deve ser cuidadosamente embalado e muito bem acondicionado para posterior avaliação por parte de uma qualquer sempre útil e imprescindível Comissão de Inquérito.
E para quando uma atribuição da GRANDE ORDEM DO RIDÍCULO à nossa governação (todos, todos, mesmo todos)??